Wikileaks e o Cenário Virtual

Posted by NerdHazard On 23:04 0 comentários

A palavra Wikileaks ficou famosa nas últimas horas. Isso porque um grupo de hackers adeptos ao site Wikileaks se rebelaram contra o censuramento do dominio por conta de questões politicas e governamentais. Nessa postagem você irá conhecer o que é o Wikileaks e toda a polêmica que o cerca. Acompanhem.


O Site

O Wikileaks foi criado com o intuito de publicar informações consideradas polêmicas para o mundo. Embora o nome Wiki passe a idéia de algo "público", as postagens só podiam ser escritas por alguns membros selecionados. Como o conteúdo publicado era forte e continha dados considerados sigilosos, os "contribuintes" do Wikileaks eram aconselhados a usar um "camuflador" de endereços, que os tornava anônimos no cenário virtual. Essa é, basicamente, a definição do Wikileaks. Os interessados podem acessar o site clicando no link abaixo:


O Início do Problema

A maior polêmica envolvendo o Wikileaks começou em Junho deste ano, quando vazaram na rede cerca de 15 mil relatórios confidenciais que tratavam sobre a Guerra do Afeganistão (ou Guerra Suja, como passou a ser chamada). Esses relatórios eram escritos por correspondentes norte americanos que estavam presentes nos campos de batalha e apresentavam um conteúdo muito diferente daquilo que era passado pela "mídia ocidental" a respeito da guerra no Oriente Médio. Como se escrevessem um diário, os repórteres relatavam tudo o que acontecia durante o dia nas operações de combate, não omitindo nem alterando os fatos, afinal eram documentos governamentais. Assim não escondiam ações "monstruosas" dos militares, que chegavam a incluir crimes de guerra, como a matança de civis (incluindo crianças), a tortura de prisioneiros e a retaliação de aldeias inteiras. A publicação de tais documentos foi, obviamente, rechaçada pelo governo norte americano, que considerou tal ato como um crime. Imediatamente foi solicitada a suspensão do Wikileaks, o que desenrolou na situação atual.


Ativistas "Prós" ao Wikileaks e o Estopim do Movimento "Anonymous"

Logo após o pedido de suspensão do site, membros do Wikileaks postaram no Twitter que o dominio precisava de ajuda. Para mante-lo vivo, ativistas espalhados por todo o globo passaram a hospedá-lo nos mais diversos servidores, chegando a um total de quase 500 domínios com o nome Wikileaks. O apogeu da polêmica se deu quando duas grandes empresas do setor financeiro (MasterCard e Visa) cessaram o apoio ao Wikileaks, que se dava por intermédio de doações feitas através dos sites de ambas as empresas. Como resposta a tal ato, surgiu na rede um grupo que se auto denomina "Anonymous". Esse grupo é composto por individuos com um conhecimento avançado na area da informática (conhecidos como hackers) e sua missão é derrubar os "inimigos" do Wikileaks no cenário virtual. Para tal, o grupo liberou recentemente na rede um programa com o qual os adeptos do movimento podem sobrecarregar os servidores "inimigos", fazendo-os vir abaixo. Atos mais drásticos foram realizados contra as empresas financeiras citadas acima. Além de derrubarem os sites de ambas, membros do Anonymous publicaram uma lista com números de cartões de créditos de clientes das empresas, o que alarmou ainda mais governos mundiais. Acreditava-se que o grupo era composto por pouco mais de mil hackers, até que o próprio grupo se manifestou dizendo que seu "exército" ultrapassa três mil soldados. Seria o início da Terceira Guerra Mundial, ou, como diriamos nós [os N3RDs], da Primeira Guerra Cibernética? Politicos de um lado, Hackers de outro, um aglomerado de interesses em volta e a população no meio. Não há motivos para duvidar que o conflito ganhe novas proporções, afinal no século XXI não é necessário ter um canhão para iniciar uma guerra, pois um notebook, quando em mãos de profissionais, já é capaz de fazer uma calamidade. O fato é que o mundo entrou em uma nova era e deve se acostumar e seguir os novos padrões. Muitos ainda não dão aos computadores a importância que estes merecem, acreditando não passar de um objeto de luxo, algo dispensável. Esquecem-se de que as distâncias se encurtaram com o passar do tempo e que, em apenas um clique, é possivel se comunicar com um individuo distante quilômetros e quilômetros físicos, porém próximo alguns bits. Resta esperar e torcer para que o cenário digital ganhe mais importância e passe a ser melhor monitorado. Não me refiro a censura, afinal a liberdade de expressão é um direito humano. Refiro-me a intensificação da segurança virtual, pois assim como um grupo de ativistas conseguiram derrubar uma empresa gigantesca, um criminoso pode enganar e se usufruir de um cidadão comum, que acredita estar seguro nas mãos dos governantes de seu país, não percebendo que o perigo mora, às vezes, a um clique.

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